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Ano de Inscrição: 2015

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31/08/2016 - Por Criativos

Com fanfarra e distribuição de doces, estudantes transformam praça da zona leste de São Paulo (SP) em ambiente educador

Apresentação de uma fanfarra, distribuição de doces e muita animação. O ambiente característico de uma festa na verdade fez parte de uma manifestação, ou melhor, de um cortejo realizado por estudantes do 9º ano da Escola Estadual Jamil Pedro Sawaya, em São Paulo (SP). Com o intuito de impactar a comunidade com mensagens positivas e recuperar o clima de lazer na praça que fica ao lado do colégio, os alunos fincaram placas com frases construtivas pelo espaço. “Gostei muito de ver as pessoas saindo de suas casas para prestigiar o movimento do nosso cortejo”, conta o estudante Maycon Henrique. O evento faz parte do projeto “Conhecendo e transformando o seu entorno”, criado por eles em 2015 e que, desde então, tem transformado alunos, escola, professores e comunidade. coretejo1

Neste sentido, o professor orientador do projeto, Fábio Pereira, reforça que o protagonismo dos alunos tem contribuído para transformações que vão além do cortejo: “o projeto trouxe uma nova perspectiva para a turma que antes passava por problemas de comportamento”. Durante os dois meses de organização da atividade, os estudantes se dividiram em grupos para planejar os ensaios da banda, a busca de materiais, a criação de frases e a confecção das plaquinhas. “Trabalhando com o mesmo objetivo, as brigas diminuíram e a gente aprendeu a conversar. Antes era todo mundo gritando um mais alto que o outro”, relata o aluno Rogério Dantas.

cortejo 3De acordo com o educador, apesar de todas as atividades serem pensadas pelos alunos, o aprendizado foi mútuo. “Com o projeto, aprendi a dar tempo para que eles errassem e aprendessem com tudo que escolhessem fazer. Me aproximei até dos alunos que antes se mostravam distantes”, destaca Fábio. E os alunos não pretendem parar com as ações de ocupação do território. “Estamos articulando a participação de outras escolas e vamos fazer um evento com várias oficinas”, diz o professor. Em setembro deste ano, serão realizadas atividades abertas à comunidade: pintura em tela, pintura em rosto, brincadeiras antigas, músicas, poesias, apresentações de dança e monólogos estão na programação da turma. Previstas para acontecer no dia 14 de setembro, as oficinas devem ocorrer na praça Araruva, que fica no bairro Cidade Patriarca, na zona leste da capital.

“A gente já não aguenta mais lousa”

“Lousa, lousa, lousa. A gente já não aguenta mais lousa”, diziam os alunos, segundo Fábio. Em busca de novas atividades, os estudantes reivindicavam ações para além das paredes das salas de aula e, após sugestão dos professores, fizeram uma pesquisa para entender o que os moradores do bairro pensavam sobre uso de bebidas alcoólicas e drogas. Ao tentar conversar com as pessoas na rua, perceberam que muitas sequer paravam para falar com eles. “Concluímos que o ser humano está preso ao tempo do relógio, sempre com pressa. Muitas vezes nem respondiam um simples boa tarde”, conta o aluno Luigi de Souza.

Voltando à escola, os alunos perceberam que a praça da região precisava de reparos e, a partir destes diferentes diagnósticos, surgiu o projeto “Conhecendo e transformando o seu entorno”. De acordo como o aluno Samuel Castro, toda a turma se sensibilizou para chamar a atenção das pessoas e melhorar as condições do local. “Apesar de no começo o objetivo da pesquisa de campo ser outro, percebemos que muitas pessoas passavam estressadas e decidimos levar alegria para o entorno”, lembra o aluno Diego Silva sobre a ideia de montar o cortejo. cortejo2

“Acho que conseguimos passar a mensagem que queríamos divulgar. As pessoas compreenderam muito bem e reagiram positivamente”, conta a aluna Gabriela Uchennagame. Segundo ela, o projeto mudou a postura dos estudantes e da gestão da escola: “agora, a escola está investindo mais em projetos como este e os alunos estão se preocupando mais com o meio ambiente e a comunidade, além de ser uma ótima experiência em grupo”. “O projeto motivou não apenas alunos da nossa turma a ocupar espaços, mas da escola inteira e nos trouxe mais prazer em estudar em turno integral” completa Diego.

Redação: Vanessa Ribeiro

Edição: Gabriel Maia Salgado

Imagens: Divulgação

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