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Dando Trela: alunos de AL comandam podcast para comunidade escolar

Temas

  • ciência e tecnologia
  • arte e cultura
  • educação
Foto de uma jovem ouvindo música com fone. Ela usa máscara e está sorrindo.

Palmeiras dos Índios - AL

Ano de Inscrição: 2020

status Premiado

ODS

20/08/2021 - Por Helisa Ignácio

Adolescentes criam, roteirizam e dão voz a programa de podcast em projeto que incentiva espaços de aprendizagem e expressão na escola.

Além de um lugar de formação, as escolas são um território de sociabilidade, onde crianças e jovens se encontram para dialogar e trocar. Quando a pandemia de covid-19 chegou, a maioria das escolas teve que recriar este espaço de convívio para o mundo virtual. Na Escola Estadual Graciliano Ramos, em Palmeira dos Índios (AL), não foi diferente. 

Mas nesta escola, foram os estudantes do ensino médio que resolveram recriar tais espaços de conexão, olhando para suas próprias e múltiplas habilidades. Nascia, então, o projeto News Podcast, um dos premiados no Desafio Criativos da Escola 2020, e que, agora, chama Podcast Dando Trela. Utilizando recursos midiáticos e seu conhecimento sobre teatro, os jovens criaram um canal para se comunicar com a comunidade escolar semanalmente.

A gente leva ao pé da letra o título do nosso podcast. Damos trela para diversos assuntos. Pandemia, entrevistas com professores, projetos de dentro da escola. Mas também coisas de fora, como curiosidades e assuntos gerais que possam ser de interesse do nosso público”

conta a estudante Andressa Pereira, de 17 anos

Os episódios são roteirizados e editados pelos próprios estudantes, e postados no perfil do Instagram do Dando Trela. Se, no início, a ideia era falar sobre a pandemia e como ela afetava a comunidade escolar, o grupo foi moldando lentamente o canal para falar sobre assuntos que interessam não só quem faz o podcast, mas também demais estudantes.  

Do teatro para o rádio

Antes da pandemia, os estudantes do ensino médio mantinham um grupo de teatro. Uma das personagens criadas por eles é a Mercedes Augusto, uma jornalista curiosa e sempre afoita por novidades. Ela foi a inspiração para a criação do podcast, e nas bem-humoradas palavras de Andressa, o canal serviu para que a personagem não ficasse ‘desempregada’. 


A possibilidade de reinvenção em um cenário de crise tem a ver com o que o educador Anderson Gomes explica ser uma escola com vocação de protagonismo juvenil: “A premissa de uma educação integral é o protagonismo juvenil. Não adianta construir um mundo para juventudes baseado na vivência e nas ideias dos adultos. Como educador, meu papel no podcast era estar junto para fazer a mediação de diálogo e oferecer um suporte criativo para tudo que os estudantes precisassem.” 

Cada uma das etapas da criação dos programas é realizada integralmente pelos estudantes, como explica Andressa: “Para gravar um programa, começamos com a coleta de informações de um tema que é de agrado de todo mundo. Criamos um roteiro, todos juntos ou um estudante específico. Gravamos pelo celular e algumas vezes conseguimos gravar na casa do professor, que tem microfones e outros materiais necessários.” 

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A edição dos programas é feita pela estudante Maria Eduarda Pimentel, de 17 anos: “Fiquei com essa parte gráfica e do áudio porque eu tinha muito manejo e sempre tive curiosidade por mexer nas coisas de informática. Escrever roteiro é também do meu perfil, porque gosto de escrever tudo o que penso e sinto. É um treino para a memória.” 

Um espaço para expressão múltipla dos estudantes 

Como o podcast exige muito trabalho em diferentes frentes, ele é um canal que gera diversas formas de aprendizado. Para o estudante que tem facilidade de escrita, é possível produzir roteiros. Para os que gostam de performar, tem lugar para ser narrador. E também há a interação com o público pelas mídias sociais. 

Para Maria Eduarda, o podcast foi um lugar de expressão importante e ainda não experimentado na vida escolar: “Essa via de falar por podcast foi uma forma de aprendizado. Eu sou muito introvertida, e não tenho tantas oportunidades para falar o que quero ou o que penso. A rádio foi uma via para eu me expressar junto com as pessoas que gosto, e agora outras pessoas também podem vir a gostar do que falo.”

Montagem com duas fotos de adolescentes brancas e dois quadros rosa. Em um está escrito Podcast Dando Trela e outro Arte no Ensino Médio
Arte de um dos episódios do Dando Trela – Foto: Reprodução

Já para Andressa, o que a atrai no projeto são justamente as diversas possibilidades de trocar informação com os ouvintes: “O que eu mais gostei é que realmente posso falar de assuntos que são do meu interesse. Um dos últimos podcasts que saiu, por exemplo, foi sobre os tipos de inteligência, e eu que dei a ideia e fiz o roteiro. É algo que gostei de pesquisar e de fazer também, tratar essa informação de um jeito informal e simplificado.” 

O educador Anderson divide que o projeto foi tão bem aceito que outras turmas da escola também estão iniciando seus próprios podcasts: “Está tão dando certo que uma nova turma fez vários episódios. Em um deles, por exemplo, eles fizeram um programa para receber os estudantes que estão chegando na escola.”

Redação: Cecília Garcia
Edição: Helisa Ignácio

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