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Alunos da boa vizinhança

Temas

  • cidadania e direitos humanos
  • mobilização comunitária

Cotia - SP

Ano de Inscrição: 2017

status Finalista

ODS

02/08/2018 - Por Criativos

Projeto Comunitário desenvolve ações para aproximar vizinhos, escola e poder público em Cotia (SP).

“Buscava resolver tudo sozinha, não pedia ajuda a ninguém”, lembra Isabela Passos, de 11 anos, da Escola Projeto Âncora, em Cotia (SP). “Quando começamos o Projeto Comunitário, compreendi a importância de distribuir minhas ações e de ajudar as pessoas”, conta a estudante.

cinco_meninas_pulam_corda_em_quadra_poliesportivaO Projeto Comunitário é uma iniciativa criada pelos alunos a partir da constatação de que todos desejavam estar mais integrados com a vizinhança onde vivem. O conjunto de ações concebido pelos jovens é pautado por três “sonhos norteadores”, como definem em suas próprias palavras. São eles: conhecer melhor seus vizinhos, ter a prefeitura como parceira da comunidade e que a rua seja um local mais feliz.

“Sempre temos rodas de conversa com as crianças. Em uma delas, surgiu uma discussão sobre melhorias que gostaríamos de ver nas ruas em que moramos”, conta a professora Andrezza Dyzarz sobre o início do projeto.

“Onde moro, por exemplo, há uma placa abandonada onde as pessoas jogam lixo e isso me incomoda”, explica a aluna Gabriela Giannuzzi, de 12 anos. “Gosto muito do lugar em que vivo e, por isso, acho importante cuidar do bairro”, completa. A partir de situações como a identificada por Gabriela, os alunos reuniram em uma lista o que gostariam de mudar em suas vizinhanças.

No projeto, segundo a professora Andrezza, o mais importante é que as crianças possam se apropriar do bairro onde moram. “Identificamos os problemas que víamos em cada rua: entre os temas que discutimos estão lixo acumulado, quadra poliesportiva quebrada e parquinho com muito mato”, diz.

 

O que está em nossas mãos?
A partir da listagem dos problemas de cada local, as crianças e jovens perceberam que, ao passo que algumas questões cabiam ao poder público, outras poderiam ser solucionadas por eles mesmos. A escola usou estes temas para criar oportunidades de aprendizado. “Montamos um projeto dizendo o que menina_olhando_para_espiral_desenhada_no_chãoqueremos, por que queremos e o que precisaríamos para conseguir aquilo. A aprendizagem foi, então, construída diante das necessidades: estudamos mapas, o que é linha do tempo, o que é cultura, o que é folclore e quais as atribuições da prefeitura”, explica Andrezza.

Segundo ela, o grupo discutiu o que poderia ser feito pra alcançar cada objetivo. Para conhecer melhor os vizinhos, por exemplo, era importante cumprimentar todos, dar cartões propondo que se apresentassem e fazer uma festa para que se conhecessem melhor. O evento foi realizado em outubro de 2017, na Rua Pavão, do bairro Jardim Recanto Suave, em Cotia.

Entre as ações desenvolvidas pelo projeto estão, ainda, a construção de um painel para registro das atividades, a realização de oficinas sobre brincadeiras de rua com as famílias e a apresentação das demandas ao poder público local. Entre as pesquisas realizadas estão o mapeamento para identificar saberes e fazeres locais; a análise histórica da origem do bairro; e a busca da árvore genealógica das famílias da comunidade.

 

O que depende do poder público?
A aluna Isabela Passos conta que o mais interessante do projeto foi se conscientizar das questões que seus colegas menina_de_cabelos_pretos_escreve_sobre_folha_de_papeltinham perto de suas casas. “O que eu ouvi dos meus amigos foi que tinham problemas com ruas esburacadas, cabos caindo, grama na calçada. Sabendo disso, achei que precisávamos buscar formas de ajudar a todos nós”, lembra.

Segundo a estudante, entrevistar as pessoas da comunidade e encontrar meios de levar os problemas ao poder público foram estratégias fundamentais. “A Prefeitura fica do lado da nossa escola e, sem a Prefeitura, a gente não tem nada”, explica. “Como a gente iria resolver as coisas sem eles?”, questiona.

Segundo a professora Andrezza, o maior desafio do projeto, que ainda persiste, é conseguir algum tipo de parceria com a Prefeitura, o que ainda não ocorreu. “Aproveitamos a oportunidade para estudar sobre política: o que é a Prefeitura e quais as atribuições do Prefeito”, conta.

“Somos uma escola diferente, que trabalha em cima de projetos, sem aulas ou séries. Buscamos, em todos os momentos, que os educandos sejam protagonistas da aprendizagem”, explica a professora.

 

 

Você conhece um projeto protagonizado por crianças e jovens que está transformando a escola e a comunidade?

As inscrições para o Desafio Criativos da Escola 2018 vão até o dia 1 de outubro de 2018. Clique aqui, confira o regulamento e inscreva-se!
Redação: Júlia Matravolgyi
Edição: Laura Leal
Imagens: Divulgação

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