Estudantes e educadores celebram premiação do Criativos da Escola em São Paulo (SP)
Em fevereiro de 2015, Wellington Nogueira, no evento do lançamento do projeto Criativos da Escola no Brasil, lançou aos convidados a seguinte pergunta: “Para onde a criatividade pode nos levar?” Naquele momento, tínhamos algumas suspeitas, mas não imaginávamos o que estaria por vir. Dez meses depois, no evento de celebração do Desafio, que aconteceu no dia 11 de dezembro, vieram as respostas mais bonitas, surpreendentes e inspiradoras, pelas vozes de 25 crianças e jovens e 10 educadores de todo o país.
A semana da premiação foi intensa: começou no dia 8, quando os cinco grupos vencedores do Desafio desembarcaram em São Paulo, vindos de vários cantos do país: Porto Velho (RO), Parnamirim (RN), Simões Filho (BA), Pacoti (CE) e Sobradinho (DF). Do aeroporto, fomos direto para o Centro Paulus, uma hospedaria em meio à natureza em Parelheiros, no extremo sul da cidade.
Foi lá onde passamos os dois dias seguintes, conhecendo uns aos outros, compartilhando experiências, sonhando com o que queremos daqui pra frente e, sobretudo, tirando nossas ideias do papel e trazendo-as para a realidade. Para conduzir uma experiência que fosse transformadora e inesquecível, contamos com a equipe do Mesa&Cadeira, que reuniu 10 profissionais apaixonados pelo que fazem para nos ajudar a cumprir a nossa missão.
Mas, afinal, que missão era essa? O desafio que estava posto era o de criar uma plataforma para comunicar, inspirar e mobilizar outros jovens a se engajarem na transformação de suas realidades. Depois de muitas conversas, ideias, risadas, trocas, emoções e, principalmente, mão na massa e envolvimento de todos, nascia ali o movimento Eu sou Criativo, criado por e para crianças e jovens de todo o país. (Clique aqui e confira o site Eu sou Criativo criado pelos estudantes durante o Desafio 2015).
Assista ao vídeo produzido pelos estudantes na vivência Criativos da Escola 2015:
Chegou então o grande momento da celebração: no dia 11, na Avenida Paulista, 150 pessoas foram ao Itaú Cultural para conhecer os projetos vencedores do Desafio – contados pelos seus protagonistas – e ver o que havia sido criado por esses criativos ao longo dos dois dias anteriores.
No inicio do evento, uma homenagem ao movimento da ocupação de Escolas Estaduais de São Paulo protagonizado por estudantes que estão, coletivamente, repensando, construindo e se apropriando de suas escolas: “Antes a gente seguia regras, obedecia, agora estamos aprendendo de verdade, todos os alunos têm voz”, disse Brenda, uma das representantes da Escola Manuel Ciridião Buarque.
Em seguida, vieram as apresentações dos cinco projetos vencedores: Gaiolas Literárias, Ar refrigerado e água: uma combinação que dá vida, História Construída por Blocos, Grupo de Apoio e Conselhos (GAC) e Jovem Explorador. No palco, um misto de emoção, orgulho e alegria que tomava conta; pelos microfones, ecoavam depoimentos que ficarão guardados na memória de quem os escutou.
“Aprendi que a criatividade não vem de uma hora para outra, você tem que puxar de dentro”, ensinou Mateus, do projeto Gaiolas Literárias. Jaíra, de Porto Velho, falou sobre a importância de persistir, apesar dos erros: “Quando começamos a fazer o sistema, ele não funcionou de primeira, não funcionou de segunda, não funcionou de terceira… Mas de pouquinho em pouquinho, vamos construído algo grandioso”. Giovana, do projeto História Construída por Blocos, reconheceu a importância dos projetos que estavam sendo apresentados: “São projetos simples que podem mudar a sociedade”. Por fim, a jovem exploradora Conceição falou do valor do Ecomuseu na identidade local:“Nem a gente conhecia a nossa cidade, não tínhamos noção da riqueza que existia no nosso quintal”.
Em seguida, alguns alunos apresentaram o movimento Eu sou Criativo, com a exibição do vídeo-manifesto feito por eles próprios. E, para encerrar a manhã, muita música com os Embatucadores e a Banda Alana.
Uma festa linda, emocionante e muito inspiradora, que ficará na memória de quem estava presente. Como disse a jovem Bianca, do GAC: “Quando a gente faz as coisas com amor, a gente colhe flor”. Os grupos se despediram com a certeza de que, nesses quatro dias, muitas flores foram colhidas e outras tantas sementes foram plantadas. Que venham as próximas colheitas.
Veja também os bastidores dessa aventura:
Confira fotos do evento:
Você conhece um projeto protagonizado por crianças e jovens que está transformando a escola e a comunidade?
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