Criativos da Escola | Uma combinação que deu certo
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Uma combinação que deu certo

Temas

  • educação
  • cidadania e direitos humanos
  • meio ambiente e sustentabilidade

Porto Velho - RO

Ano de Inscrição: 2019

status Menção Honrosa

ODS

08/01/2016 - Por Criativos

Os alunos construíram um sistema para coletar a água que pingava das centrais de ar condicionado da escola. Com o método, economizaram recursos naturais e revitalizaram horta e  jardim. 

Em um passeio pela escola, os alunos da Escola Murilo Braga, de Porto Velho (RO), observaram que havia desperdício da água condensada pelas centrais de ar da instituição. “Estávamos atrás de problema sócio ambiental na escola e o que mais chamou a atenção da gente foi o ar condicionado que dispensava muita água”, conta Marcos Vinicius Santos, 11 anos, membro do grupo. De segunda a sexta, as centrais das 22 salas, incluindo, laboratórios, biblioteca e auditório, precisam ficar ligadas das 7:00 horas da manhã até as 18:00, ocasionando uma perda impressionante do recurso – cerca de 5 litros por hora.

O grupo, então, imaginou que os vários litros de água desperdiçados ao final de um dia na escola poderiam ser reutilizados de maneira sustentável. Foi durante um dos encontros da ComVida (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) que a escola realiza, que o grupo decidiu criar um sistema de coleta, para que toda a água pudesse ser reutilizada no jardim. Eles queriam criar algo simples, de baixo custo e sustentável.

A professora Carmem Silvia Andrade, coordenadora do projeto que foi nomeado “Ar refrigerado e água: uma combinação que dá certo” conheceu a iniciativa do Criativos da Escola e achou que a ideia dos alunos tinha tudo a ver com a proposta, e os incentivou a participar do Desafio. Várias colegas, como a professora Simone Ximenes se contagiaram com a animação e também quiseram participar com os jovens.

Para montar o sistema, junto com as professoras, os alunos usaram materiais recicláveis como garrafas pet, arame, mangueira, boia de descarga, tinta e garrafa de amaciante. Inicialmente, recortaram as garrafas em tamanhos apropriados e pintaram o recipiente de amaciante vazio. Depois, com ajuda de arames, as pets foram colocadas umas dentro das outras até chegar a garrafa de amaciante. Quando o último recipiente fica cheio a boia dispara jogando a água que seria desperdiçada para uma espécie de cano feito com garrafas pets que chegam até as plantas na horta.

Para colocar o projeto em prática, o grupo buscou parceria com comerciantes da comunidade, pais e professores, que doaram materiais. Priscyla Rocha, 15 anos, aluna e membro do grupo descreve a sensação de montar o sistema. “É uma coisa tão simples, que a gente pode tornar tão especial”, diz.  

Antes da criação do sistema, os alunos realizaram um teste com a quantidade e qualidade da água adequada para dar vida às plantinhas. Foi um sucesso e todos decidiram levar o plano adiante. Os resultados mostraram que o sistema é uma forma viável de reaproveitamento da água. A horta que possui diversas espécies de frutas, ervas e hortaliças, agora também é regada por esse método. Marcos conta a diversidade da horta: “Tem pimenta, quiabo, couve, cebolinha, salsa, cajá, caju, pitanga, açaí, palmeira, coqueiro, alecrim… são vários pés”.

Os alunos contam que o mais difícil de tudo não foi arquitetar o plano ou buscar parcerias, e sim instalar o recipiente de amaciante com a bóia no aparelho de refrigeração. “O ar condicionado é bem alto, tivemos que colocar uma cadeira e subir. Foi o mais difícil, ai a gente tentou e conseguimos”, lembra Emily Kalki, 11 anos, do grupo. O grupo se esforçou muito para obter sucesso, sem desanimar. Jaíra Lima, 15 anos, lembra das diversas tentativas: “Quando a gente começou a fazer o sistema, não funcionou de primeira, não funcionou de segunda, não funcionou de terceira. Foi só na quarta tentativa”, diz.

O sistema de garrafas pets diminui o uso de água tratada e reduziu os gastos da escola. Como comemoração, os jovens se mobilizaram e convidaram os demais alunos da escola, funcionários e a comunidade do entorno para conhecer o sistema, com o intuito de incentivar outras pessoas a praticar ações que contribuam para o meio ambiente. “O que eu achei mais legal do projeto foi que acabou com o problema da escola. A gente solucionou o problema levando vida para o jardim”, conta Marcos, animado. Todos ficaram muito felizes com o projeto e já pensam em formas de aperfeiçoamento e ampliação do sistema.“De pouquinho em pouquinho vamos construir algo grandioso”, aposta Jaíra, entusiasmada.

Conheça a equipe representante da Escola Murilo Braga:

Esse projeto foi um dos vencedores do Desafio Criativos da Escola de 2015. Confira o vídeo de apresentação: 

Você conhece um projeto protagonizado por crianças e jovens que está transformando a escola e a comunidade?

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