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Curando a saúde

Temas

  • cidadania e direitos humanos
  • mobilização comunitária

Camanducaia - MG

Ano de Inscrição: 2016

status Finalista

ODS

27/04/2017 - Por Criativos

Estudantes se mobilizam para revitalizar posto de saúde e melhorar condições para atendimento de pacientes em Camanducaia (MG)

Pintura da fachada, reforma dos bancos, troca de grades e um mutirão de limpeza. Essas foram algumas das ações realizadas pelos estudantes do 2º ano do ensino médio do Centro Educacional Maranatha, de Camanducaia (MG), que se mobilizaram para revitalizar a estrutura externa da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro e, consequentemente, melhorar as condições para atendimento dos pacientes.  c7

O projeto “Curando a saúde” ocorreu entre os meses de maio e setembro do ano passado. Durante este período, os 25 estudantes foram do planejamento até a execução das melhorias, mobilizando outras pessoas da comunidade e colocando a mão na massa para dar uma nova cara à UBS. Para viabilizar a iniciativa, o grupo conseguiu o apoio de comerciantes para pagarem a manutenção do local, chamaram a atenção da Prefeitura para a situação precária do posto e transformaram o espaço em um lugar mais acolhedor para seus pacientes. Os alunos criaram, também, uma página no Facebook com o objetivo de divulgar as ações do projeto e mobilizar mais participantes.

 

Ação coletiva
Provocados pela professora de filosofia e sociologia, Renata Stort, a partir do material de apoio do Criativos da Escola, os estudantes refletiram sobre qual era o problema que mais os incomodava na comunidade. Bastou lembrar da estrutura da UBS que fica à frente da escola: “vemos o posto de saúde todos os dias e muita gente da cidade utiliza os serviços dele”, explica a aluna Beatriz. (Clique aqui e acesse o Material de Apoio do Criativos da Escola).c12

Já a integrante do grupo Maria Clara Canuto descreve as condições da UBS antes da ação dos estudantes: “a pintura das paredes estava velha, as portas das entradas enferrujadas, os portões estavam perdendo a tinta e o estacionamento não tinha faixas para os carros se posicionarem”. Antes de elaborarem um plano de ação para resolver o problema, a equipe fez várias visitas ao posto e entrevistou 30 pessoas, entre pacientes, funcionários da área de saúde e seguranças. Depois de se reunirem com a coordenadora do local e finalizarem o diagnóstico, concluíram que a demanda mais urgente trazida pelos entrevistados era a revitalização do espaço físico, já que quem frequentava sofria com os problemas estruturais do lugar.

Pelo fato de a UBS ser um equipamento da gestão municipal, os jovens perceberam, também, que deveriam estar articulados com a Prefeitura e elaboraram um plano de trabalho em que parte das ações ficaria sob responsabilidade do grupo e, em contrapartida, o órgão faria o restante das melhorias, como troca de lâmpadas e de equipamentos técnicos. “Eles tiveram uma grande vivência com o poder público, sendo que no fim o projeto foi autorizado pelo Prefeito”, conta a educadora Renata. c6

Mas surgiu, então, o maior questionamento e desafio do projeto: como conseguir recursos para viabilizar a revitalização do espaço? Para alcançar o valor necessário, o grupo organizou uma rifa e mobilizou toda a comunidade, conseguindo o patrocínio de comerciantes locais, além de equipamentos cedidos por empresa de pintura e doações de pessoas físicas. E na mobilização que fizeram antes de colocarem a mão na massa, os estudantes espalharam cartazes convidando a comunidade a se unir ao mutirão. “Retiramos o lixo, fizemos artes pelo espaço, revitalizamos o estacionamento que estava abandonado e pintamos as paredes e os portões. Ficou tudo muito incrível”, destaca Maria Clara.

 

Pequenas e grandes mudanças
“Por diversos dias fomos para a rua atrás de patrocínios e colaboradores para nos ajudar com materiais de construção ou financeiramente”, lembra Maria Clara sobre os desafios do grupo durante o projeto. Segundo a professora Renata, outra dificuldade encontrada foi o contato com a Prefeitura: “o diálogo com o setores públicos é muito difícil por conta das burocracias. Para viabilizar uma coisa é preciso mobilizar várias outras, mas os alunos foram muito persistentes”. c8

Após a revitalização, os jovens voltaram à UBS para averiguar as mudanças na relação dos pacientes com o espaço. “As pessoas estavam usando locais onde antes não entravam. Percebemos a relevância de proporcionar um ambiente público mais acolhedor e, mais do que isso, de mostrar que podemos fazer mudanças naquilo que é nosso”, descreve Maria Clara.

Para além da ação no bairro, segundo Beatriz, o projeto “Curando a saúde” abriu portas para uma nova fase de protagonismo dos estudantes sobre as questões do ambiente escolar e seu entorno: “depois que nosso projeto deu certo, a escola está aceitando as propostas de alunos para novas ações”. “É uma oportunidade muito valiosa para o estudante questionar o seu papel [na sociedade] e ver o que pode fazer diante de um mundo que está à espera de mudanças significativas”, conclui a colega Maria Clara.

 

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Redação: Vanessa Ribeiro

Edição: Gabriel Maia Salgado

Imagens: divulgação

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