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SOS Bicho Amigo

Temas

  • ambiente escolar
  • meio ambiente e sustentabilidade
  • mobilização comunitária

Nova Iguaçu - RJ

Ano de Inscrição: 2017

status Finalista

ODS

12/04/2018 - Por Criativos

Criado em escola de Nova Iguaçu (RJ), projeto feito por estudantes cuida de animais abandonados, inspira comunidade e se transforma em referência na região.

Quantos alunos podem dizer que deixaram um legado para a escola após completarem os estudos? Jennifer Oliveira Melo e seus colegas fazem parte deste grupo. Quando estava no 3º ano do Ensino Médio do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), de Nova Iguaçu (RJ), a estudante instigou outros jovens a criarem o projeto “SOS Bicho Amigo” – oficialmente chamado “Controle e Combate aos Maus Tratos e Abandono de Animais”.

Jennifer em uma das feiras de adoção de cachorros e gatos que ajudou a organizarCom o apoio de colegas e de outros membros da comunidade escolar, ela formou um grupo responsável por várias ações em prol dos animais: foram organizados mutirões para cuidar de cachorros e gatos debilitados, fazer castração, divulgar cuidados básicos sobre os animais domésticos e até promover feiras de adoção. Desde o início das atividades, em 2016, cerca de 10 animais por mês, entre cães e gatos, são resgatados das ruas. Como um dos reconhecimentos da iniciativa, o projeto foi finalista do Desafio Criativos da Escola 2017.

“Os problemas ligados a animais sempre foram a minha causa”, conta Jennifer. Assim, quando percebeu como era frequente o abandono de animais na área de sua escola (no bairro de Santa Rita, em Nova Iguaçu), decidiu transformar essa sua paixão em ação. Em 2016, o “SOS Bicho Amigo” foi ganhando forças, cada vez mais voluntários e conseguiu parcerias e patrocínios, inclusive de uma projeto de cidadania da Disney.

“Acabamos virando uma referência na Baixada [Fluminense]. Nos procuravam tanto pessoas que queriam tirar Oficina de confecção de camas para animais com materiais recicláveis em Nilópolis (RJ)dúvidas sobre cuidados dos animais, quanto as que queriam nos avisar que havia algum animal abandonado em determinado local”, conta a jovem. Isso porque foi criado um canil e um gatil na própria escola, para cuidar de animais que tenham sofrido maus tratos e, depois, procurar uma casa para eles.

Além dessas ações “na vida real”, essa rede de defesa aos animais se fortaleceu também no mundo virtual. Hoje, a página do projeto no Facebook já está com quase 24 mil seguidores. Além de divulgar informações, os estudantes também utilizam a rede social para fazer com que animais abandonados possam ser encontrados por pessoas interessadas em adotá-los.

 

Núcleo de proteção aos animais
Com resultados assim, consolidados, a iniciativa acabou ganhando uma “promoção” e foi transformada em projeto de extensão na Cefet de Nova Iguaçu. E seguiu firme mesmo com a saída de Jennifer.

Para além do grupo de alunos, quem ainda segue envolvida na iniciativa é a diretora da escola e incentivadora do projeto desde seu início, Luane Fragoso. “A iniciativa continua com novos voluntários e com ações de cuidados com os animais que residem ou aparecem aqui na instituição. Isso inclui alimentação, higiene, assistência veterinária e, principalmente, castração a fim de evitar o aumento populacional de cães e gatos abandonados”, explica a diretora.

Feira de adoção realizada na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na PavunaEla conta ainda que o projeto está prestes a dar mais um passo: “recentemente, apresentamos um projeto de criação do Núcleo de Proteção Animal e Meio Ambiente (Nupama) do Cefet-RJ, que foi aprovado e em breve iniciará suas atividades nos oito campi dos centros no estado.” A ideia inicial do projeto idealizado por Jennifer – conscientizar a
comunidade dos direitos e dos deveres para com os animais – agora deve se expandir para outros Cefets do Rio de Janeiro.

Para a educadora Luane, a ideia iniciada por Jennifer ainda impacta os estudantes da instituição. “Observei um aumento no número de alunos interessados em participar do projeto e, principalmente, na temática ligada à causa animal, que é o foco do nosso trabalho”, explica. E complementa: “[o comprometimento dos alunos] desenvolve neles características importantes, como um comportamento maduro para com os animais, e também ajuda na sua formação como cidadão e agente transformador na sociedade em que está inserido”.

O impacto, segundo Jennifer, pode influenciar positivamente também a própria trajetória dos estudantes. “EsseUma Oficina de confecção de camas para animais com materiais recicláveis em Nilópolis (RJ) projeto influenciou diretamente no meu engajamento e na minha maturidade. Eu precisava fazer contatos, correr atrás de parcerias. Não tinha escolha, tinha que fazer de tudo para salvar a vida daqueles animais”, exemplifica a aluna, citando que hoje concretizou seu sonho de fazer a graduação no curso de veterinária. “Agora estou cursando e quero continuar nisso para poder fazer algo grande, algo bem grande, sempre ligado à causa animal”, finaliza.

 

Você conhece um projeto protagonizado por crianças e jovens que está transformando a escola e a comunidade?

As inscrições para o Desafio Criativos da Escola 2018 vão do dia 18 de abril até o dia 1 de outubro de 2018. Clique aqui e acompanhe as novidades do programa também em nossa página no Facebook.
Redação: Mariana Della Barba
Edição: Gabriel Maia Salgado
Imagens: Divulgação

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