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Porto Grande - AP

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30/03/2017 - Por Criativos

Estudantes de Porto Grande (AP) criam projeto para incentivar a leitura e contribuir com a alfabetização de alunos de anos iniciais do ensino fundamental

Contação de histórias, brincadeira, música, dança e poesia. Essas foram as estratégias utilizadas pelos estudantes do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Elias de Freitas Trajano de Souza, de Porto Grande (AP), para incentivar a leitura e contribuir com a alfabetização de alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental.

Realizando uma grande festividade anual, desde 2015, o projeto impactou em cada ano cerca de 40 crianças de duas escolas públicas do município. Utilizando fantasias e objetos lúdicos, o grupo tem estimulado a criatividade, a interação e a capacidade de comunicação e letramento dos pequenos. petisco6

Com cinco integrantes fixos, o projeto “Petisco literário: incentivo à leitura e contação de histórias” conta com a colaboração de outros estudantes voluntários do ensino médio para realizar suas ações. “O projeto trouxe um resultado muito satisfatório para nós enquanto alunos, porque vimos que podemos estar a frente de coisas legais”, aponta a estudante Gabriela.

Para além das atividades anuais, o projeto já foi convidado para participar de eventos como saraus literários e feiras científicas. O grupo participou, também, da Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (FECEAP), realizada na capital Macapá, em novembro de 2015, e da Mostra de Ciências e Tecnologia da Escola Açai (MCTEA), em novembro de 2016, no Pará.

 

Resgatando a leitura
Em conversa durante a aula de língua portuguesa, os estudantes notaram que não havia nenhuma biblioteca no município de Porto Grande e nem em cidades vizinhas. Incomodados com a pouca valorização à leitura na região, decidiram realizar uma pesquisa com alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental da escola e descobriram que mais de 90% não recebiam incentivo para ler em casa. “Eles diziam que ler era algo chato, cansativo”, conta Gabriela.

Mas o que era possível fazer para estimular as crianças que não tinham este apoio de suas famílias? Notando que muitas usavam celulares com frequência, os integrantes do grupo pensaram em incentivar o interesse à criatividade e à leitura do modo tradicional. “Tentamos mostrar para as crianças que ler não é algo chato e que podemos conhecer novos mundos através da literatura”, explica a aluna Raienne da Silva.

Para uma das orientadoras do projeto, Juzileide da Silva, a ação dos estudantes contribuiu com a união de toda a comunidade escolar: “moramos no interior onde não há bibliotecas públicas e poucos recursos aos estudantes. Com o projeto, os alunos saíram da escola para fazer a contação e espalharam conhecimento e cultura a outros colégios do município”. Ainda segundo ela, o sucesso do projeto fez com que outros estudantes também se envolvessem na iniciativa. “Os alunos tiveram que vivenciar uma nova experiência, onde eles deixaram de ser apenas passivos para se tornarem atores ativos de uma mudança”, defende.  petisco3

“Fiquei extremamente orgulhosa dos meus alunos pelo protagonismo, por abraçarem a discussão sobre a formação do leitor e saírem dos muros da escola para realizarem o projeto”, comemora a outra orientadora, Adriana Furtado. Hoje, os estudantes já contam com dois anos de iniciativa e seguem firmes com a ideia de que a leitura pode motivar e transformar os estudantes menores. “Com o projeto, as crianças dessas escolas passaram a se interessar mais. Elas realmente criaram um gosto por livros”, conta Raienne.

 

Ação transformadora
Para os estudantes, o maior desafio para a elaboração da iniciativa foi o de sair da zona de conforto e enfrentar novas experiências. “Foi complicado montar o projeto por não ser algo da nossa realidade, por não ser comum para nós. Foi difícil sintetizar as ideias no papel e colocá-las em prática”, explica Gabriela, após superarem a dificuldade enfrentada.

Mesmo após a saída do ensino médio, o grupo pretende avançar ainda mais com o “Petisco Literário”: contar histórias em diferentes lugares e incentivar o maior número de crianças a ingressarem no universo da leitura. “Pensamos em alcançar alunos de outras escolas para que possam ser bons leitores no futuro e para que estimulem também seus filhos”, conclui aluna Raienne.

 

Redação: Vanessa Ribeiro

Edição: Gabriel Maia Salgado

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